Sentir o mar é saber que ele não sai do lugar, companheiro
Que
encerra em sua plenitude não ser sempre o mesmo
Porquanto ainda
que muitos sequer o notem
Não se aventuram sempre em saber de
seus carinhos e de seus perigos.
Na vida do mar, há
outras e diversas, quais não seja: a questão infinita
De se
saber que mesmo em um único grão de areia
Os átomos dançam
sem sequer que saibamos de sua grandeza!
Não que não
queiramos suas rochas, mas nelas creiamos serem outros seres
Em
que por vezes certas lendas nos tragam a própria crença
De
estarmos conformes do que seria algo
Mas, para um homem que
contempla algo além das palavras
Apenas sente o diálogo que
aquelas tecem nas rendas das espumas das ondas
Quando do
encontro de um obstáculo a que a premissa da existência mesma da
rocha
Contrasta com fluidez feminina do amplexo das águas...
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