sexta-feira, 21 de julho de 2023

A CARÍCIA QUE NÃO POSSUI NOME


O ventre irrequieto do fogo
Transuda a expectativa da mulher
A coloca em dúvida, de não se saber se é
Ou não seja aquilo de sua própria certeza
Quando pergunta com o olhar a dúvida em que se encerra
Ao retornar nos seus códigos femininos em amplexos vários
Mesmo que ao homem que tergiverse uma modalidade alterna
Não saiba que este possui a certeza de quem foi e quem será todo o tempo...

Não vistamos o óbice dos inocentes úteis
Quando aparecemos como quem surge em uma simples função
E que passe o tempo, a mais uma lasca de ferrugem sobre a pele
Com a luta de estarmos proporcionando ao mesmo ventre
O alimento secreto de nossos planos, no que sugere sermos possíveis
Dentro de possibilidades tão remotas que nem sequer possuem o nome.

E de se compactuar com algo de enxerga, passaremos o rodo sobre uma água
Na função dos dias, que trabalhar é quase necessário na luta
A sabermos que nada é extremamente democrático quando se quer perpetuar
Um mandato que seja, pois as cercas das mesmas possibilidades sem sentidos
Não sabem sequer se nos chamaremos liberdade, ou se o voto seria quase o mesmo
Daqueles que residem onde jamais deixarão de acariciar seus tetos de zinco
Para se aninhar na cesta básica que alguns poderes tanto criticam.

Essa estranha carícia de aço sistêmica, não infira poderes maiores
Posto não seja o viés de uma restauração sistólica no ser
Na dimensão equilátera de uma geometria esquadrinhada
Onde o sexo não seja permitido, além dos muros de um gueto escalavrado!

E que não se possua a função de estar em serviço, pois por vezes a coisa é maior
Do que o simples caminhar na rua de um operativo, haja vista a rede ser tamanha
Que os voos já o sabem das relações exteriores, e o que se demande seja de ante mão
Uma empáfia sacrossanta do não ser santo, quando o que se critica no antanho
É a própria existência cabal e intransponível da possibilidade de ser religioso.

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