Posto ser, qual não tivesse
Ao
pão amanhecido, o amanhã
Ou uma noite entregue ao
relento
Quanto de cidadania seria o prescrito
Em se ver no
outro o que não vemos em nós…
Do da rua, o da
marquise, o do asfalto, o nó
Que desfazemos construindo outros,
a dissensão, a dúvida, a droga.
Miserere, qual
mácula em nós mesmos que não vemos
Aquilo que sequer nos faz
conta, não ganhamos para isso
Posto o que lucraríamos por
sermos humanos?
Bolsões gritam, cada qual em seu
silêncio, os pés escalavrados,
As mentes inquietas, e um
farnel de doces daquilo que pretendemos
Para passar os momentos
aprazíveis no colo da nossa vida burguesa
Onde sequer
passaríamos diante de nossas máquinas em trocar o óleo…
A
vida não seria, simplesmente, a saúde mental é coisa de rico
Já
que muitos sequer sabem se na areia do paralelepípedo
delirante
Encontrará uma pedra de crack nos restolhos da
insanidade.
Qual não fosse, um corote apenas, e olhe que
a Corote já é quase multinacional
Posto oferecer um quase
drinque de pobre aquilo que já possui até mesmo sua keep
cooler!
Vira sinônimo o signo de uma guerra ausente,
o esfomeado luta sem armas
Por ventura a possui uma em seu saco
de latas, onde carrega nas costas
A questão cooperativada da
miséria, o catar latas já vira a profissão do futuro
Posto
quem sabe em dois quilos possa defender uma mordida na empanada da
padaria
Onde o chocoleite dependeria de mais dois dias de
jornada dura...
domingo, 13 de outubro de 2024
O QUE É NÃO SERIA
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