quinta-feira, 1 de agosto de 2024

PONTO DE FUGA


Ao infinito, as paralelas, como retas nuas
Não transcendem enquanto eventos
Mas trazem ao escopo da boa aventurança
Aquela praia do sonho, um corpo de mulher
A quem saiba, da tepidez de um mar moreno
Como o quinhão que brote do corpo trigueiro
De uma brasilidade sem par, de um sol que não se veria no sul
Porquanto seria quiçá em algum outro mar que o veleiro passava…

De outras plagas, das músicas que jamais esquecemos, que o rádio sua
O suor que verte nos poros que fremem por mais músicas outras
Quanto de nos apercebermos que nem tudo é uma cultura em branco
Quanto de alforria o gesto se nos assombre
Quando de sincero o ato de libertação liberte ao menos na presença solene
O canto primeiro a nos governar o espírito, que seja, que Montesquieu
Nos trouxesse a luz presente, de uma lei que não fosse tão permanente
Quanto o som de “Hiroshima, mon amour”...

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