Não queiramos ao próprio,
ao impróprio seja,
Qual fora, o impermanente soslaio do
vento
No voar coleante de uma ave negra sem nome
Se fora
urubu, e realmente foi: apenas um, em meio às gaivotas…
E,
se isso não dissera antes, o disse no momento exato,
Na visão
daquele que vê, supostamente, a Natureza e seus seres, quem dera,
A
não julgar dantescos pensamentos, que o voo das aves é de escopo do
tempo, igualmente.
Suster uma antiga poesia, marulhar um
amor impossível, quem dera, não supor mais nada
O que não
seja a promessa de quimeras, ou o fato de sombras, mas de fato algo
acontece
Por dentro de um país em um continente mais sereno,
onde os estrangeiros ponteiam
Na América do Sul, de dentro e de
fora, quem suporia algo que não fosse simplesmente o fato.
Não
julgaremos a nós mesmos, o poeta canta um canto que cantava, antes,
antes mesmo de cantar
O que não saberia dizer na lucidez das
mulheres, e esse beber trigueiro da nova mulher, esse canto todo
Se
reverbere a que a mulher saiba de seu próprio canto, as negras, as
brancas, as da Ásia, as dos EUA e tantas
Posto não haver
fronteiras na frente da sobriedade em se saber mais fecundo o
plano
Em que se deposita a fé imorredoura naquele mesmo
pássaro, que não se saiba o gênero,
Posto de sermos, homens e
mulheres, e crianças e seres, e cães e gatos, e presença
A
alvorada que não coleia tanto como o urubu que come de seu peixe na
areia da manhã de uma sexta
A que tantos nos viessem por uma
caminhada na turba de uma ilha, depois que o coletivo despeja mais um
ser pela porta...
sexta-feira, 9 de agosto de 2024
O NÃO JULGAR A SI, QUEM DERA
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