terça-feira, 7 de maio de 2024

TEMPOS DIÁFANOS E A INTERPRETAÇÃO DOS SIGNOS DA CULTURA


                Em se poupar esforços de cunho do pensar, estaríamos afeitos a coisas tão simples como evitar sequer um gesto, por vezes, onde a ação e a reação não fosse coisa de interpretação e onde os tempos apenas encerrassem algo como ausência de sentimentos e coisas similares, nos fatores econômicos e outros que perfazem certas engrenagens sistêmicas: palco e teatro completo, por vezes, atuação e regresso, amor ou desesperança... Poder-se-ia pensar em uma sintaxe mais livre, ou apenas no pressuposto de sabermos que na imprensa mais livre esta proceda, mas ainda no meio acadêmico os grilhões da soberba mais clara e lógica é necessária, por isso este excerto quiçá mais profundo nessa assertiva espiritual, anímica e de estofo dialético e atômico, no princípio das vertentes que enumerem os signos tão erráticos quanto paradoxais em tempos que não cristalizam, pois os cristais quase da química existente são as flores de um passado que buscam enumerar naquelas sociedades de estofo puramente – ou quase – inexistente, no pensamento humano consistente.

                Sabendo-nos postos em trabalho, quem sabe o esforço do homem que pensa algo de monta seja um homem assaz raro hoje, onde o cenário da AI já esteja sendo a cooptação pura e simples da azáfama ou do contraponto de enumerar as regras para depois aplicá-las, por vezes covardemente por certos aparelhos burocráticos que vão surgindo – aqui e alí – por meio dos meios digitais, e onde a mera influência de escopo psíquico nada mais é do que um self a mais perdido na selva dos ceos, ou novas tarefas de uma nova empresa que emerge, mas de algo mais compactuado, o que desfere duros golpes na cultura, que esporadicamente já passa por reformas de outrora, mas não em sua semântica, mas no sentido de manutenção da sua estrutura arcaica e antiga, reformas sistemáticas, bem dito, onde o hedonista material da corrupção dá as suas margens e permanece incólume no proceder do Poder de per si para o outro, ou do outro para o nada...

                Quem sabe se a busca incessante para uma direção afeita a algo mais consistente nos levasse a um caminho onde a própria ineficiente performance do que supúnhamos libido transformadora agora já em desuso, não fosse apenas interlocução de algo que suporemos sermos mais afeitos à graça de estarmos com o amor como ponta de lança, e amarmos a quem porventura seja a própria gata selvática, ou o arremedo de um instinto mais aflorado, a ponta de um grande iceberg submerso, como um id errático porém controlado, onde a mulher seja a rainha das emoções de um homem e a história de ambos não seja necessariamente um empreendimento mais cabal de controle, senão a pontualidade de uma lição de mercado livre, onde ganha aquele ou aquela que melhor souber gestar a si e a seu negócio, que seja mais criativa ou suponha a força de um ou de uma mulher atleta realmente, no que a idade mais tenra seja o pressuposto de que o talento, principalmente os de cunho oriental, venha a alicerçar em países como o Brasil a agregação tão necessária e possivelmente de empregabilidade e renda, concretamente falando.

                A não função dos conflitos emerge por vezes naquilo que nega o próprio afeto, mas quando em estado mais afeito a funcionamentos outros, à abertura de um pensamento, à clareza afetuosa, ao que se supõe o não preconceito quase afásico, por vezes de um próprio “especimen” de cor x, que fora escravizado/a ou empenhada, por uma diretoria ou um chefe que crê estar a serviço de alguma inteligência utilizando a máquina humana de carne, ou o que pensava ser quase um robô em função de si mesmo/a, esse viés passa a participar da ciência do funcionar tão somente, mas quando a razão é reveladora em um ser, este ser passará a ser, em qualquer região do planeta, pontualmente, um símbolo ou ícone quase caligráfico do que porventura “venha a ser”, mas não realmente o “que é”, em uma doutrina avessa à própria lógica existencial, ou o que veio depois de Freud, que inicia apenas uma jornada, onde a interpretação dos signos venha dar nos costados de Jung como propensão e tendência, onde um inconsciente mais aflorado em termos coletivos suponha aproximar um mestre de ofícios de origem italiana com um indígena isolado culturalmente em uma aldeia no xingú...

                A se considerar este pequeno excerto como um apontamento, o que vem por aqui demanda realmente mais estudos de ordem de narrativas onde a investigação mais acurada da psique contraponha à realidade consciente novos paradigmas culturais e embasamentos mais concretos frente aos desafios de um tempo de aforismas e de inconsistências de natureza quase espiritual, se não se afirmar de fato que o seja, pura e simplesmente isso. A conclusão que se tira de especular-se como um exercício é sobremodo o exercício do falar escrito e à suposição de que o falado vai ser interpretado aos olhos da ciência quase à exaustão, e antes o que o algoz falaria “vomitar” seria o próprio excremento inútil de se estar lutando contra os estamentos das democracias no mundo, ou o atestado cabal de óbito com sistemas dessa Natureza, que pretendam interpretar os signos da cultura com o viés da vingança, mesmo que o amor ganhe sempre e sempre ganhará, nem que o seja, de qualquer viés, e de qualquer maneira, pois um homem independente não possui orientação, senão Krsna, ou Deus, a quem serve sem pestanejar, todos os segundos de sua vida eterna.

Nenhum comentário:

Postar um comentário