terça-feira, 14 de maio de 2024

O AMANHÃ


Daquelas sextavadas normas
Daqueles distantes intercursos
Ao discurso do que não era
Ou ao que foi o suficiente e bastante
No braço que vitupera
Na solidão que não embrutecera
As gentes na lama, a fama, o ocaso, a droga, o nada
E mais uma menina largada, a cona apodrecida na esquina
E o gatinho negro que sói encontrar em seus mamilos de criança
Mais alguns botões onde pega como se pega um bambolê miniatura
Naquilo de sexismo, naquilo de se querer uma virgem, ou não
Que seja, a vertente mesma do pecado, a saber que o grande traidor de Cristo
Não fora Judas que se matou em seu suplício
Mas sim João, aquele que jamais sofrera qualquer sofrimento...

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