quarta-feira, 15 de maio de 2024

NÃO SE ESQUEÇA DA MEMÓRIA


Memorum, memmos mundos, mesmo que não se entenda
Do que antes mnemônico fora, a rosa, a rosa, não se esquece a rosa
Quando a rosa é princesa de um reinado de um ébano pátrio
No silente rútilo de cunha reversa, a um trinar sereno de um pássaro
Ao andamento de outras rainhas jovens e não todas seriam a mesma vertigem
Que não desse ao andamento de um simples relógio
A face de um Rio de Janeiro mais de fogo do que o do Sul Grande...

O mito de um flash, uma cortada no vôlei, um cutback, dropar o dope
Ou salientar que da Bolívia as agentes são mais darks do que os seus lençóis
Quando Roberto dos Carlos não reinventasse o Jorge de tão bem que fosse
Que sua lança acaba por errar o focinho de ferro de mais um dragão acoelhado.

No sono que se dá a um homem este dá ao sono a vestimenta do sonâmbulo
Quando trilha na manhã o furor uterino de uma lagarta que esquecera de trocar a roupa
Quando seu nome Papillon a esperaria nas vertentes da Guiana de Charrière...

A senda que bufa, o leão de Medéia, a pupila das cartilagens nuas quando Sartre transa Beauvoir
Ou se toque no espelho náufrago de um papel moeda que já não exista
Na profundeza macarrônica de um próprio viandante
Que já não vê o som da nuvem projetada na esquina de um alfarrábio
Na discrição de uma menina apaixonada ao verter silencioso
Quanto a prosseguir o ditame de uma matéria tosca
Onde a face inaudita de um passado chistoso
Não lembre da destilação da hulha
No arquipélago de um amigo que trabalhe com o sem tempo
Onde um chip não cabe silente sobre a alfombra de um verso da eternidade.

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