segunda-feira, 13 de maio de 2024

AS SENDAS DA FLORESTA


Não te acalores muito, que não se dê em uma chuva de quase inverno no Sul
Onde estaríamos mais distantes da intensidade, mais meridional que fora
Posto revisitarmos o antigo, posto acalentarmos o amor da selva
Na miríade dos pingos, que a água pensa como as fronteiras
Que deixamos a entardecer os versos de outrora, silenciosos na vertente dos matos…

Se eu penso, se tu pensas, pensaremos juntos, que pensarmos não é pecar
Mesmo que suemos nossas frontes ao pensarmos demais
Ou no quase de parecermos que ficamos mais secos na aurora
De um dia ou outro em que o pensamento ficara estirado na relva de nossos planos.

Quem dera esquadrinhar os ventos, quem dera algum passado que se nos mostrasse
Que o vintém de quem paga os solos de que se falaria em tropeços
Não seria a parte da paga ao que tem por credor
O valor da moeda mais justa a que se pague um dia
Naquilo a que se propôs trabalho, na juta cerzida no cesto...

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