quarta-feira, 6 de novembro de 2024

PRINCÍPIOS BÁSICOS


               Quantas vezes não nos fixamos nos defeitos que esperamos dentro de nossas próprias críticas, por vezes inócuas, e quantos não prosseguem almejando obter informações a respeito de inventários quaisquer, dentro de sua ampla latitude, nas questões contratuais, de simples informação que vale o ouro que não pesa, ou mesmo o caráter de uma liderança qualquer que a hipocrisia corrente coloca no ostracismo por caber melhor dentro de um sistema já escrito pelos anais de uma história pretérita? Jamais, quando elucidamos a nós mesmos, estaremos auferindo valor confessional ao que sequer seria confissão, posto um ser dedicado com um amor maior, porventura sequer saberia que a defesa de si mesmo porventura seria quiçá uma questão de liberdade ou não, na compulsoriedade de um fato, no resultado de um ensaio político ou no estratagema de um algoz. Se você jamais traíra uma mulher a quem tenha tido uma intimidade, ou melhor, se a mulher lhe traía enquanto você fazia votos de fidelidade, se você caía na bebedeira ou nas companhias da drogadição, se você desejava mudar o mundo para melhor todo o tempo, em que na realidade a mesma contravenção que você acreditava ser de certo modo cúmplice por ser um usuário, ou se você contribui hoje para dirimir dúvidas com relação a coisas dessa Natureza, a questão é o porquê você não se tornar aflito quando possui a consciência limpa, o que não deve ocorrer com grande parte da humanidade.

               Por vezes alguém cita que um “cachaça” faz sempre das suas, mas convenhamos que todo aquele que possui um caráter torto desde a infância tende a salientar esses defeitos sobremodo sob a influência da adição, seja ao álcool ou a outras drogas, pois quando se é inocente no sentido de ser até ingênuo e bobo ao olhar da malícia societária, as coisas se processam no viés contraditório de querermos ser aqueles tortos de sempre, sem porventura termos pecado muitas vezes, ou na realidade ter buscado sempre não pecar durante a maior parte do tempo...

               A título do que se esperaria por se ter uma vida sexual ideal, partimos do pressuposto que o sexo e sua parte não é um estilo de vida, mas quiçá uma forma a mais básica e instintiva de se obter prazer, ainda mais na forma em que é realizado nos dias atuais, como prática de mercadoria, no que já havia estado funcionando dessa forma desde que conhecemos as crises do capitalismo e suas decorrentes misérias resultantes, onde estudantes universitárias viram scort girls, e onde a droga é cartão de visitas para um hedonismo regular e permitido perante as empresas que financiam essa sistemática e tudo o que a corrupção e o caráter hediondo dessa prática enaltece e reitera.

               Desde que um cidadão ainda jovem tenha se apercebido de todas essas realidades, é mister salientar que no tempo em que estudara como a história das sociedades procedeu em seu desenvolvimento até chegarmos a pontos críticos, enumerar falsetes de caráter e fazer um chamado inventário moral para se chegar a uma fase adulta nesse caso específico seria de tal modo um tipo de hipocrisia sem tamanho, uma abordagem para que a crítica ao ser humano beire os píncaros da glória nefasta ao admitir que todos erram como todos, sejam os alcoólatras tão somente, pois os “normais” não necessitariam fazer um inventário moral e nem seria conveniente, pois poderia sobremodo causar mais ruídos aos seus famosos negócios, mesmo que em home office...

               A equação derradeira não seria aquela de que estaríamos querendo mudar o mundo, mas o fato inconteste de que se o mundo não for mudado por pessoas que não negam jamais que de fato “existem”, os carrapatos ensandecidos não nos deixarão em paz...

 

 

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