Quantas
vezes não nos fixamos nos defeitos que esperamos dentro de nossas próprias
críticas, por vezes inócuas, e quantos não prosseguem almejando obter
informações a respeito de inventários quaisquer, dentro de sua ampla latitude,
nas questões contratuais, de simples informação que vale o ouro que não pesa,
ou mesmo o caráter de uma liderança qualquer que a hipocrisia corrente coloca
no ostracismo por caber melhor dentro de um sistema já escrito pelos anais de
uma história pretérita? Jamais, quando elucidamos a nós mesmos, estaremos
auferindo valor confessional ao que sequer seria confissão, posto um ser dedicado
com um amor maior, porventura sequer saberia que a defesa de si mesmo
porventura seria quiçá uma questão de liberdade ou não, na compulsoriedade de
um fato, no resultado de um ensaio político ou no estratagema de um algoz. Se
você jamais traíra uma mulher a quem tenha tido uma intimidade, ou melhor, se a
mulher lhe traía enquanto você fazia votos de fidelidade, se você caía na
bebedeira ou nas companhias da drogadição, se você desejava mudar o mundo para
melhor todo o tempo, em que na realidade a mesma contravenção que você
acreditava ser de certo modo cúmplice por ser um usuário, ou se você contribui
hoje para dirimir dúvidas com relação a coisas dessa Natureza, a questão é o
porquê você não se tornar aflito quando possui a consciência limpa, o que não
deve ocorrer com grande parte da humanidade.
Por
vezes alguém cita que um “cachaça” faz sempre das suas, mas convenhamos que
todo aquele que possui um caráter torto desde a infância tende a salientar esses
defeitos sobremodo sob a influência da adição, seja ao álcool ou a outras
drogas, pois quando se é inocente no sentido de ser até ingênuo e bobo ao olhar
da malícia societária, as coisas se processam no viés contraditório de
querermos ser aqueles tortos de sempre, sem porventura termos pecado muitas
vezes, ou na realidade ter buscado sempre não pecar durante a maior parte do
tempo...
A título
do que se esperaria por se ter uma vida sexual ideal, partimos do pressuposto
que o sexo e sua parte não é um estilo de vida, mas quiçá uma forma a mais
básica e instintiva de se obter prazer, ainda mais na forma em que é realizado
nos dias atuais, como prática de mercadoria, no que já havia estado funcionando
dessa forma desde que conhecemos as crises do capitalismo e suas decorrentes
misérias resultantes, onde estudantes universitárias viram scort girls, e onde a droga é cartão de visitas para um hedonismo
regular e permitido perante as empresas que financiam essa sistemática e tudo o
que a corrupção e o caráter hediondo dessa prática enaltece e reitera.
Desde
que um cidadão ainda jovem tenha se apercebido de todas essas realidades, é
mister salientar que no tempo em que estudara como a história das sociedades
procedeu em seu desenvolvimento até chegarmos a pontos críticos, enumerar
falsetes de caráter e fazer um chamado inventário moral para se chegar a uma fase
adulta nesse caso específico seria de tal modo um tipo de hipocrisia sem tamanho, uma abordagem para
que a crítica ao ser humano beire os píncaros da glória nefasta ao admitir que
todos erram como todos, sejam os alcoólatras tão somente, pois os “normais” não
necessitariam fazer um inventário moral e nem seria conveniente, pois poderia
sobremodo causar mais ruídos aos seus famosos negócios, mesmo que em home office...
A
equação derradeira não seria aquela de que estaríamos querendo mudar o mundo,
mas o fato inconteste de que se o mundo não for mudado por pessoas que não
negam jamais que de fato “existem”, os carrapatos ensandecidos não nos deixarão
em paz...
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