Estivera presente, meio no subterfúgio de planos inquietos, aquelas pessoas todas, meio sem jeito, nada falaria, uma reunião e tanto. Tudo resolvido, as pessoas não tinham muito o que fazer, o serviço urgia, parecia até reunião de adolescentes em juventudes de igreja, ou conselhos escolares, mas na verdade, isso sim, quiçá houvesse alguma importância nisso tudo, ademais, para se dar a continuidade… Estivera eu reunido na rua, cogitei perante outros que estava em um campo de concentração, mas não saberia dizer os limites dele, e quiçá toda a ilha fosse um grande campo. Mas quem diria, conhecera um argentino talvez diletante de Milei, inquieto, meio atrapalhado, desde de manhã cedo, e pensava eu, o que fazem outros que só vão às reuniões de serviço, e trabalham tanto para conseguir obter algo? Quem dera que aquele quase rapaz moreno-negro falasse contra o sistema em outros termos, mas não parafraseando um exemplo de rapper que eu pessoalmente achei de extremo mau gosto, vomitado exatamente pelo mesmo sistema depois da cooptação eletrônica.
Alguns me chamaram de velho, e eu sabia já de seus influencers políticos, da história que gostariam de imprimir no que criam ser história, naquilo de fêmeas iridescentes, no que seria uma companheira, naquilo imposto, se eu gostaria mais da Amélia ou da Rosa. O que sabia eu era que a noite vinha caindo e o manicômio a céu aberto, misto de campo de concentração com resistência francesa, misto de guerra palestino-judaica, ou armagedom enrustido, misto de abóboras com navalhas quase cortando minha face na busca de uma barba “segura”, e mais um vintém para uma cabeça rapada aos moldes do fascismo tão na moda, algo vulgar pra cacete.
Segui o dia, e olha que o dia nos segue, seguro é, na verdade uma outra reunião me esperaria mais tarde, todos com um semblante sério como sempre, alguns com ódio desferindo ofensas cruas e pérfidas, outros encarnando figuras militares de algures, como não dizer, quiçá a imprensa saiba melhor das coisas, coisa que não fica para trás, perante o olhar automático da minha liberdade… Melhor que voasse com palavras, a montanha seguindo em direção a Maomé, por que não, se o dito encerra toda a Verdade? Pensei: conas à parte, tem gente que gosta mesmo é fazer o revés, mas na verdade a vida é feita disso mesmo, cada um no seu quadrado, dentro de quadrados amplificados, ou mesmo em certos iates, na Lagoa da Conceição, em condomínios fechados, ou em Jurerê Internacional e a segurança que rodeia o tráfico igualmente "abrangente". O argentino falara para mim, pois é, estão oferecendo a droga no norte da ilha a céu aberto, nas ruas, e uma patrícia falou para o seu comparsa que lhe dissesse que se tratava de “merca”, na gíria hispânica mais podre com relação ao assunto da “droga”. E fiquei no mínimo desapontado, e a reunião decidiu muitas coisas, só que eu não me disponho ao serviço, pois agora já é tarde mais abaixo da linha do Equador, onde estou eu e meu computador em paz, como eu gosto, falando para um público qualquer.
Segui girando o dia, minha mãe passando bem, comi nada a ver, a marmita tava excelente, botei um pouco de alcaparras em cima do peixe e amanhã uma mulata… Não, nada a ver, nada de prazer, eu simplesmente não tenho direito a isso... Principio pelo final, tenho o compromisso de andar para a frente e para a frente busco meu modo escorreito de vida, ou seja, para uma sexta de primeiro de novembro, véspera de finados, apesar de tudo e da contravenção rolando a torto e a direito, caminhamos melhor com a democracia mais sólida, mesmo que a rádio do Senado possua uma programação musical meio enjoada com seu repertório fabricado na TI mais classicamente enferrujada. Sem mais delongas, é assim que caminham as crianças e alguns raros que querem ser adultos e brincar um pouco de viver melhor...
Nenhum comentário:
Postar um comentário