terça-feira, 7 de novembro de 2023

POESIA DO FEIJÃO


Quem sabe na mesa há comida
Ou uma pessoa solitária no fogo daquele que a consumira
Não detenha sua sanha em alimentar do fruto a fritura
Ou mesmo o ódio de tudo e todos, alimentando a crença
De outras eras onde a TV era o último refúgio do entreter...

Não que não queira ser o que era, mas o feijão, o arroz...

Sim, há daqueles que querem ser diferentes, querem ser ricos
Sem saber que muitos possuem uma casa no campo, por serem ao menos bons!

Por vezes uma mulher idosa pode ser um obstáculo, mas o obstáculo pode ser
A própria inflexão de ter-se utilizado do sufixo da palavra como modo de existir...

Não, se passe que o feijão é alimento e, se possível, seja na mesa do operário
Ou mesmo do camponês que o plantou minuciosamente para o servir na mesa
Daquela família que só existe por vezes na base do que já não existe estruturalmente.

Naquele pensar, uma mulher que exista de fato, de fato já é de se existir, consonante
E diz a um homem, gostaria que você comesse do feijão, e há aquela que diz:
Alimente-se, irmão, pois eu gostaria que fosse forte para não cair no engodo de uma mulher que não seja sempre a mesma que lhe queira bem.

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